As investigações sobre o assassinato de Vitória Regina Sousa avançaram após a descoberta de um possível cativeiro onde a jovem pode ter sido mantida antes de sua morte.
Nesta terça-feira (11), uma equipe de reportagem teve acesso a um imóvel sob suspeita de ter sido utilizado durante os dois dias em que a adolescente esteve desaparecida antes de ser assassinada.
A casa, localizada a cerca de dois quilômetros da residência da família da vítima, está desocupada, mas ainda possui energia elétrica. Um detalhe chamou a atenção dos investigadores: o local está impecavelmente limpo, sem móveis ou qualquer sinal aparente de ocupação recente.
A polícia já trabalhava com a hipótese de que Vitória tenha sido mantida em algum lugar antes de sua morte, devido ao estado de decomposição do corpo quando foi encontrado. Os indícios apontam que o óbito ocorreu aproximadamente cinco dias antes da descoberta, sugerindo que ela permaneceu viva por cerca de dois dias após o sequestro.
Peritos analisaram o imóvel em busca de vestígios que possam confirmar se ele foi, de fato, utilizado como cativeiro. Os resultados dessa perícia podem ser cruciais para esclarecer os últimos momentos da jovem.
Outro fator que despertou suspeitas foi a limpeza excessiva do ambiente. A ausência de móveis e a higienização detalhada das superfícies levantam a possibilidade de que alguém tenha tentado eliminar provas antes da vistoria policial.
A polícia considera que essa limpeza pode ter sido feita para apagar qualquer indício da presença de Vitória no local ou para dificultar a identificação dos envolvidos no crime.
Além disso, novas evidências reforçam as suspeitas contra Maicol Antônio Sales dos Santos, que segue preso preventivamente. Exames periciais recentes detectaram vestígios de sangue no banheiro de sua residência, o que pode estabelecer uma ligação direta entre ele e o crime.
Essa descoberta aumenta a pressão sobre as investigações, indicando que o local pode ter sido usado em algum momento no desenrolar dos acontecimentos que levaram à morte da jovem.
Com esses novos desdobramentos, as autoridades continuam aprofundando as apurações para entender a dinâmica do crime e identificar todos os envolvidos. A confirmação de que a casa foi usada como cativeiro pode ser um passo fundamental para a elucidação do caso, trazendo mais respostas sobre as circunstâncias do crime.
Enquanto isso, a sociedade e a família de Vitória aguardam justiça para um crime que abalou a comunidade local. Ainda há muitos detalhes a serem esclarecidos.
