A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) marcou um dos momentos mais tensos da política brasileira nos últimos anos. A decisão envolve crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa. Mas afinal, qual foi a reação de Bolsonaro ao saber da condenação?
Como Bolsonaro reagiu à condenação
Assim que soube da sentença, Bolsonaro adotou uma postura de negação e enfrentamento. Ele voltou a afirmar que é vítima de perseguição política e direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de conduzir uma “caçada” contra sua trajetória.
Em declarações públicas, Bolsonaro negou envolvimento direto nos atos de 8 de janeiro de 2023 e disse que jamais ordenou qualquer ação ilegal. Para ele, o julgamento seria parte de um movimento para tirá-lo da cena política.
Discurso de vitimização e mobilização de apoiadores
A estratégia política de Bolsonaro após a condenação tem sido reforçar sua narrativa de vítima. Em falas recentes, ele destacou que “se for condenado, acabou”, sinalizando que enxerga o processo como um divisor de águas em sua vida pública.
Essa retórica busca mobilizar sua base de apoiadores, mantendo viva a polarização política e levantando dúvidas sobre a imparcialidade do STF. Parlamentares e aliados próximos também reagiram, acusando a Corte de “excesso de poder”.
Consequências políticas e jurídicas da condenação
A decisão do STF não apenas impacta a vida pessoal de Bolsonaro, mas também abre debates sobre:
- Eleições 2026: a condenação pode torná-lo inelegível e reduzir suas chances de voltar ao poder.
- Cenário político: fortalece a narrativa de perseguição, mas também pode enfraquecer sua influência em partidos e alianças.
- Instituições democráticas: a disputa entre Executivo e Judiciário se intensifica, gerando ainda mais polarização.