Nos últimos dias, Frei Gilson tem sido alvo de críticas nas redes sociais devido à grande repercussão de suas transmissões ao vivo de orações diárias às 4h da manhã, que reúnem mais de 1 milhão de fiéis.
Diante desses ataques, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu em defesa do sacerdote, ressaltando que, apesar de ser evangélico, reconhece e valoriza o impacto positivo do trabalho de Frei Gilson na propagação da fé entre os brasileiros.
Ferreira argumentou que o sucesso de conteúdos religiosos parece incomodar alguns setores da sociedade, especialmente quando comparado à aceitação de materiais que, segundo ele, promovem valores negativos.
A intolerância religiosa nas redes sociais não é uma novidade no Brasil. Casos anteriores, envolvendo ataques a figuras religiosas por suas posições políticas e doutrinárias, demonstram a recorrência desse problema.
Líderes católicos também têm manifestado preocupação com a crescente hostilidade nos ambientes digitais. O cardeal Sergio da Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), alertou que muitos fiéis têm contribuído para essa agressividade ao compartilhar conteúdos ofensivos e polarizados. Ele enfatizou que é um erro grave usar a religião como justificativa para discursos de ódio e violência.
O Vaticano, por sua vez, também se posicionou sobre o comportamento de líderes religiosos nas redes sociais. No documento “Rumo à presença plena: Uma reflexão pastoral sobre o envolvimento com as mídias sociais”, a Santa Sé recomenda que bispos e leigos adotem um tom equilibrado em suas interações online. O texto destaca os riscos da polarização e do extremismo, que podem fomentar a violência, o abuso e a desinformação.
Diante desse cenário, torna-se fundamental incentivar o respeito e o diálogo nas plataformas digitais. Garantir a liberdade religiosa e promover uma convivência pacífica, independentemente das diferenças de crença ou opinião, é um desafio essencial para a sociedade contemporânea.