O processo será conduzido por meio do conclave, tradicional assembleia de cardeais que deverá ser convocada entre 15 a 20 dias após o funeral do pontífice.
Durante esse período, cardeais de todas as partes do mundo se reunirão no Vaticano para escolher o novo Papa. Como em outros momentos semelhantes, crescem as especulações sobre os possíveis sucessores, com diversos nomes ganhando destaque nos bastidores e na imprensa internacional.
A expectativa é de que o novo pontífice dê continuidade ao legado de Francisco, ao mesmo tempo em que enfrente os complexos desafios contemporâneos da Igreja.
Entre os principais cotados está o cardeal Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano. Reconhecido por sua ampla experiência diplomática e administrativa, Parolin é considerado uma figura de equilíbrio, com profundo conhecimento das engrenagens internas da Santa Sé e das relações exteriores da Igreja.
Outro nome de grande relevância é o do cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana. Conhecido por sua sensibilidade social e inclinações progressistas, Zuppi tem se destacado em iniciativas de mediação e promoção da paz, sendo inclusive enviado pessoalmente por Francisco em missões diplomáticas, como no contexto do conflito na Ucrânia.
Também surge com força o cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém. Sua atuação no Oriente Médio e seu engajamento no diálogo inter-religioso conferem a ele prestígio em temas sensíveis como reconciliação e convivência entre diferentes tradições religiosas.
Além desses, outros cardeais vêm sendo apontados como potenciais papáveis, como José Tolentino de Mendonça, de Portugal, e Luis Antonio Tagle, das Filipinas — este último, muito próximo de Francisco e visto como um nome forte para representar a Igreja em sua dimensão verdadeiramente global.
A escolha do próximo Papa será um marco para a Igreja Católica, que, além de preservar os valores espirituais, precisa se posicionar diante de temas urgentes como a secularização crescente, desigualdades sociais e os desafios internos da própria instituição. O conclave, portanto, será mais do que uma eleição: será um momento histórico observado atentamente pelo mundo inteiro.